Por que não dar preferência à produção local de alimentos?

Por que não dar preferência à produção local de alimentos?

A equipe do Alimento de Origem quer começar um exercício de reflexão, sobre acessar as feiras de agricultura familiar pela tecnologia, facilitando o consumo diário, melhorando os hábitos alimentares, incentivando o consumo de produtos locais.

Pretendemos aumentar a atenção da população à produção local de alimentos principalmente aquela oriunda  da agricultura familiar, aproveitando a diversidade e a proximidade. Vamos parar um pouco e refletir: De quem estamos comprando os alimentos? De onde vem os alimentos que estamos consumindo? Quem os produziu? Sendo que a nossa região é capaz de sustentar a produção de alimentos no momento través da agricultura familiar. 

Com o projeto intitulado “Agora a Feira é em casa” com produtos da agricultura familiar, que começa a funcionar em Frederico Westphalen, Seberi  e Taquaruçu do Sul os alimentos que chegam à mesa dos consumidores vem direto da produção da agricultura familiar local, é a permanência da história de cada família em várias gerações. Os modos de fazer agricultura, os saberes, estimular em pensar em comida com gosto, com sabor, com peso nutricional alto, com diversidade de proteínas e assegura a continuidade e a sobrevivência da nossa agricultura, com a participação de camponeses e pequenos agricultores. 

O projeto a “Agora a Feira é em Casa” foi criado com o objetivo de fortalecer a agricultura familiar, fortalecer no território as redes de comercialização, a produção orgânica e agroecológica dos alimentos, e a organização dos agricultores em cooperativa garantindo maior escoamento da produção dos pequenos agricultores, e estimular nos consumidores hábitos saudáveis . O projeto é uma iniciativa da ADMAU/UFSM e Cooperbio articulado pela Plataforma Alimento de Origem, que foram desenvolvidos a partir da identificação de demandas das agroindústrias e produtores, conta com vários módulos. 

O módulo da Rastreabilidade que veio para atender a obrigatoriedade da INC nº 02/2018 de que os produtos vegetais frescos destinados à alimentação humana apresentem uma forma de rastrear esses produtos. 

O Módulo SimDigital que atende as regras de negócio do Serviço de Inspeção Municipal. Possui inúmeras funcionalidades que auxiliam desde o registro dos estabelecimentos no Serviço de Inspeção Municipal até a informatização das rotinas de inspeção realizadas pelos fiscais das prefeituras nas agroindústrias de origem animal.

 E a Vitrine que foi planejada para ser uma grande exposição dos produtos da agricultura familiar. Este módulo é gratuito e os produtores que se cadastram na plataforma terão uma página onde seus produtos ficam expostos aumentando assim a divulgação dos mesmos. Para a apresentação do projeto “Agora a Feira é em Casa” a Vitrine, passa a ter funcionalidade de comercialização dos produtos, possibilitando o envio de pedidos de produtos pelos consumidores. Estes pedidos são processados pelos operadores que chamamos de Centrais de Comercialização, que ficam responsáveis pela  parte logística e financeira. 

A operacionalização acontece por uma equipe de consultores(a) que automatiza, identifica, habilita fornecedores e produtos e estimula os internautas ao consumo, sendo que essa tarefa é de coordenação da Agência de Desenvolvimento do Médio Alto Uruguai - ADMAU. Para o desenvolvimento implantação e manutenção da plataforma existe uma equipe de Tecnologia da Informação coordenada pela Universidade Federal de Santa Maria - campus de Frederico Westphalen - UFSM/FW. Para a parte física a primeira parceira é a Cooperbio, responsável pela central física, embalagem e entrega dos produtos até a casa do consumidor, a central está disponível para três municípios sendo eles  Frederico Westphalen, Seberi e Taquaruçu do Sul.

Destacamos que o primeiro passo para o ingresso dos fornecedores de produtos é pelo o módulo da Vitrine, nele vocês podem disponibilizar de forma gratuita e começarem a serem conhecidos no mercado. Como segundo passo a partir da vitrine, criar a sua central de logística de entrega, definindo os municípios que irá entregar e com quais produtos irá fornecer, podendo ser os seus ou dos parceiros que vier a participar junto.

O grande objetivo da Plataforma Alimento de Origem é formar uma grande rede, mas atendendo local e regionalmente com os atores ali presente, facilitando a troca de produtos excedentes que podem ser fornecidos em várias regiões, olhando sempre para os aspectos da formalização e comercialização.

 

Escrito por Eliseu Liberalesso - Diretor Executivo da Agência de Desenvolvimento do Médio Alto Uruguai - ADMAU


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